por Adriano Nicolau da Silva
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Diante da pressão exercida no ambiente de trabalho, algumas pessoas ultrapassam os seus limites e desenvolvem distúrbios mentais, como a ansiedade exagerada. A ansiedade é uma característica do organismo em relação às situações de adaptação. Contudo, em alguns indivíduos, essa ansiedade pode causar distúrbios mentais que prejudicam o desempenho satisfatório no setor de trabalho. A psicoterapia cognitivo-comportamental demonstra uma eficácia notável em termos de resultados clínicos.
Há um excesso de pessoas que estão se sentindo ansiosas no trabalho devido a diversos fatores. A globalização, a evolução tecnológica e a adaptação ao novo conceito de papel profissional estão aumentando as expectativas e, ao mesmo tempo, as frustrações em relação aos seus desempenhos profissionais poderiam ser algumas explicações.
A ansiedade é um sentimento vago que desperta a expectativa de acontecimentos futuros, o que causa tensão e desconforto, estimulando o pensamento negativo e, às vezes, catastrófico. Ansiedade é uma reação natural do nosso organismo às situações que percebemos como ameaçadoras ou desafiadoras. Pode ser benéfica em pequenas doses, mas, se for excessiva, pode causar danos à saúde mental e física (APA, 2014). A ansiedade exagerada estimula a pessoa a sofrer de forma intensa, o que resulta em diversos sintomas, observamos nas respostas físicas: sudorese, falta de energia, enxaqueca, palpitações, problemas estomacais e outros. Nos aspectos cognitivos, é possível notar a velocidade do pensamento, a dificuldade de tomar decisões, os medos constantes e a falta de atenção aos acontecimentos. Em termos de comportamento, é possível perceber a apatia nos movimentos psicomotores, a dificuldade de expressão e a fuga ou esquiva diante de desafios (CLARK e BECK, 2014).
A psicoterapia cognitivo-comportamental é eficaz na reestruturação dos pensamentos, sentimentos e comportamentos, reduzindo os sintomas e as taxas de ocorrência de transtornos ansiosos (Beck, 2008).
Diante do que foi apresentado, é possível notar que a Terapia Cognitivo-Comportamental é uma abordagem direcionada no tratamento do Transtorno de Ansiedade, uma vez que estudos têm sido conduzidos e a sua eficácia foi comprovada. O objetivo deste texto foi apresentar a eficácia da terapia cognitivo comportamental na diminuição da ansiedade excessiva e as suas consequências negativas no corpo e na mente. A psicoterapia cognitivo-comportamental tem uma estrutura focada no problema do paciente e técnicas objetivas direcionadas à ansiedade. É importante salientar que o psicólogo que trabalha com essa perspectiva não apenas aplica técnicas e procedimentos, como também demonstra calor humano, empatia, vínculo afetivo e compreensivo com relação às necessidades dos pacientes. Dessa forma, o processo psicoterapêutico será enriquecedor, estimulando o repertório comportamental do paciente que o tornará mais seguro diante das dificuldades da vida e a conquistar a liberdade pessoal para motivar os aspectos positivos da personalidade.
Referências:
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM-5. 5 ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.
Beck, A.T., Rush, A.J., Shaw, B.F. & Emery, G. (1997). Terapia cognitiva da depressão. Porto Alegre: Artes Médicas.
CLARK, D.A.; BECK, A. T. Vencendo a ansiedade e a preocupação com a terapia cognitivo comportamental: manual do paciente. Porto Alegre: Artmed, 2014.
Dattilio, F. M. & Freeman, A. (1998). Introdução à terapia cognitiva. Em A. Freeman & F. M. Dattilio (Orgs.), compreendendo a terapia cognitiva (p. 19- 28). Campinas: Editorial Psy.
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Adriano Nicolau da Silva, Psicoterapeuta, Neuropsicopedagogo e Neuroeducador. Graduado em Psicologia e Filosofia. Especialista nas áreas de educação e clínica. Uberaba, MG. Colunista do Factótum Cultural. E-mail: adrins@terra.com.br.
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