Você não está doente. Você está desequilibrado.”
Assim sussurra o Ayurveda, uma das medicinas mais antigas do mundo — e talvez uma das mais sábias.

O livro A Roda de Cura pelo Ayurveda, da terapeuta e instrutora Michelle Fondin, é um convite direto àquilo que mais ignoramos na vida moderna: o retorno ao nosso centro. Mas diferente de métodos que tratam apenas os sintomas ou se concentram no físico, o Ayurveda olha para o ser humano como um todo integrado, feito de elementos, emoções, hábitos, histórias, luz e sombra.

E Michelle, com muita didática, leveza e sensibilidade, oferece aqui não uma lista de receitas nem um dicionário de ervas, mas uma verdadeira jornada em oito fases rumo à autocura.


A Roda de Cura: o ciclo que revela onde você parou — e para onde pode ir

A estrutura do livro gira em torno de uma roda simbólica, inspirada na visão ayurvédica do ciclo de cura. São oito estágios, que se movem de forma não linear — como tudo na natureza. Esses estágios não precisam ser seguidos à risca, mas compreendidos como passagens que se entrelaçam:

  1. Reconhecimento – Admitir que algo não está bem. Escutar os sinais do corpo e da alma.
  2. Responsabilidade – Parar de terceirizar a dor. Assumir a própria cura.
  3. Libertação – Abrir mão do que pesa: vícios, padrões mentais, relações tóxicas.
  4. Autodescoberta – Investigar a si mesmo. Quem sou eu, além da dor e do desequilíbrio?
  5. Desapego – Soltar o que não serve mais, até mesmo ideias sobre quem você “deveria ser”.
  6. Reestruturação – Criar novos hábitos com consciência, rotina, nutrição e presença.
  7. Empoderamento – Fortalecer-se como agente da própria cura.
  8. Manutenção – Viver com equilíbrio e vigilância amorosa, pois o mundo seguirá tentando te desequilibrar.

Esse modelo é ao mesmo tempo prático e simbólico. Ele ensina que curar-se não é resolver um problema, mas reconectar-se com quem você realmente é, em todos os níveis: físico, emocional, mental, energético e espiritual.


Ayurveda: a ciência que vê antes da doença

O Ayurveda, que significa “ciência da vida”, nos diz que adoecer é natural — mas viver doente não é. A doença, na visão ayurvédica, começa muito antes do sintoma. Ela nasce no desequilíbrio entre os doshas (vata, pitta e kapha), que são forças sutis da natureza presentes em nós. Quando vivemos contra a nossa própria constituição (prakriti), o desequilíbrio aparece — e o corpo apenas dá o aviso.

Michelle não trata o Ayurveda como uma religião ou um manual rígido. Pelo contrário: ela traduz esse saber milenar para a vida ocidental, mostrando como ele pode ser vivido com autenticidade, leveza e simplicidade.


A cura é um retorno — e começa com o olhar para dentro

O livro não exige que você vá morar na Índia nem que elimine o mundo moderno. O convite é mais sutil: observar o que você come, como você dorme, o que você pensa, quais emoções você acumula, como você se move — e, sobretudo, por que você repete certos ciclos.

O Ayurveda nos ensina que tudo está conectado: o alimento, o intestino, o humor, a libido, o sono, a mente, a memória e até a espiritualidade. Quando tratamos apenas o corpo, cortamos o fluxo. Quando tratamos só a mente, ignoramos o templo. A cura está na integração.

“Você é parte da natureza. E a natureza tem o poder de se curar. Mas você precisa deixar.” – trecho adaptado


Por que ler esse livro?

Porque talvez você esteja tentando curar a ansiedade com distração, a insônia com remédio, o vazio com consumo. E no fundo, sabe que o caminho é outro.

Porque talvez você precise de um mapa suave, não de uma fórmula rígida. De uma sabedoria antiga que fale a uma alma cansada de correr atrás de si mesma.

Porque talvez você já esteja nessa roda. E o livro pode te ajudar a ver onde está — e como dar o próximo passo.


Para quem é esse livro?

  • Para quem busca uma cura integral, e não apenas um alívio temporário.
  • Para quem está aberto a se observar, sem julgamentos.
  • Para quem sente que algo está desequilibrado, mas não sabe por onde começar.
  • Para terapeutas, buscadores, iniciantes ou veteranos no autoconhecimento.
  • Para quem deseja caminhar com os pés no chão e a alma desperta.

Curar-se é um ato de amor — e de retorno.

Michelle Fondin não promete milagres. Mas oferece ferramentas. E talvez, ao final da leitura, você descubra que a cura nunca esteve fora, nem no futuro — mas em você, aqui, agora. Na sua respiração, no seu silêncio, na sua decisão de se escutar.

A Roda de Cura não gira sozinha. Ela gira quando você gira com ela.

Para adquirir o livro, clique aqui.

📚 Cada livro é um feitiço. Se abriu este, talvez queira decifrar também Abuso: A Cultura do Estupro no Brasil

Factótum Cultural

Tendência