“ Nunca se pode concordar em rastejar, quando se sente ímpeto de voar.”

Helen Keller

Quantas vezes apreciamos esses pequenos seres que voam de maneira tão delicada e bela? Quantas vezes pensamos no processo pelo qual passa até chegar ao voo?

Até voar, a borboleta passa por três estágios:

1º – Ovo: frágil, imperceptível e extremamente vulnerável. Muitos desaparecerão diante das ações dos predadores. Essa fase pode durar dias ou semanas.

2º – Lagartas: desajeitadas e, muitas vezes, feias. O tempo de nutrição e desenvolvimento pode abranger de quatro a sete etapas de transformação.

3º – Pupa: período em que se fixam a um determinado ponto, desenvolvem estratégias adaptativas de maneira que podem ficar quase imperceptíveis. No entanto, é exatamente o período da metamorfose.

Só depois desses estágios, que demandam energia e espera, chega a hora de emergir, abrir as asas e voar, mostrar a sua potência que, até então, estava latente.

Após semanas de preparação, o voo. Sua exuberância pode durar apenas um dia.

Refletindo sobre tudo isso, penso em nós, seres apressados, afoitos, ou extremamente acomodados e medrosos.

Penso em como não conhecemos a importância dos processos.

Penso o quanto muitas vezes temos medo do voo.

Assim, ora voamos desajeitadamente, ora permanecemos lagartas, pela vida inteira, rastejantes.

Que aprendamos com as borboletas, esses pequenos seres que passam por cada processo que a vida requer até alcançarem o momento do voo delicado e exuberante.

Thenille Carmo. Aluna da  Nova Acrópole.

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