Transtorno de Pânico em alunos Universitários e a Contribuição Clínica da  “Neuropedagogia Cognitivo-Comportamental”

Resumo 

O transtorno de pânico é conceituado como o medo de sentir medo que se desenvolve para uma  percepção de morte iminente. Os alunos universitários que vivenciam o problema relatam sentir  os mais variados sintomas, entre eles são: palpitações ou taquicardia, sudorese, tremores,  sensações de falta de ar ou sufocamento, sensação de asfixia, dor ou desconforto torácico,  náusea ou desconforto abdominal, sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio,  medo de perder o controle ou enlouquecer, medo de morrer, parestesias, calafrios ou ondas de  calor, despersonalização e desrealização dificultando de forma acentuada no processo de  aprendizagem. Diante de tais sintomas a pessoa acredita que vai morrer ou desmaiar. O artigo  trata da contribuição clínica da “Neuropedagogia e a Psicologia Cognitivo-Comportamental” e  faz um levantamento bibliográfico, analisando o papel do professor/educador frente aos alunos  portadores do transtorno, visando oferecer-lhes, oportunidades de reestruturar a forma de pensar  o problema assertivamente, estimulando-os a novas possibilidades de reestabelecer o equilíbrio  emocional, dando sequência nos estudos acadêmicos. 

Palavras-chave: Ansiedade. Transtorno. Pânico. Neuropedagogia, Cognição e  Comportamento.  

Abstract 

Panic disorder is conceptualized as the fear of fear that develops into a perception of imminent  death. The university students who experience the problem report the most varied symptoms, among them: palpitations or tachycardia, sweating, tremors, feelings of shortness of breath or  suffocation, choking sensation, chest pain or discomfort, nausea or abdominal discomfort,  feeling dizzy, Instability, vertigo or fainting, fear of losing control or going crazy, fear of dying,  paresthesias, chills or heat waves, depersonalization and derealization, making the learning  process more difficult. In the face of such symptoms the person believes that he will die or faint.  The article deals with the clinical contribution of “Neuropedagogy and Cognitive-Behavioral  Psychology” and makes a bibliographical survey, analyzing the role of the teacher / educator in  the students with the disorder, with the aim of offering them opportunities to restructure the  way of thinking The problem assertively, stimulating them to new possibilities of reestablishing  the emotional balance, giving continuity in the academic studies. 

Keywords: Anxiety. Disorder. Panic. Neuropedagogy, Cognition and Behavior.

1 – INTRODUÇÃO 

Acessos súbitos de ansiedade acompanhados de sintomas físicos e afetivos: a sensação  é tão forte que o sentimento é de que vai desmaiar, ter um ataque cardíaco, enlouquecer ou  mesmo morrer. Todos esses sintomas estimulam os portadores a vivenciarem sentimentos de  incapacidade e insegurança intensa. 

A vida atual, com as pessoas em movimento intenso, poderia nos conduzir à premissa  de que este acontecimento é natural, no entanto, vamos encontrar na história do homem relatos  de transtorno de angústia em comunidades consideradas tranquilas, independentemente do nível  socioeconômico. 

Na concepção da Neuropedagogia e a Psicologia cognitivo-Comportamental oferecerá  caminhos que venham de encontro aos alunos universitários em estado de pânico e por este motivo estão prejudicados nos processos de aprendizagem. O adequado desenvolvimento  biopsissocial cognitivo do aluno, estimulado pelo professor/educador, respeitando a individualidade, potencializando sua capacidade de aprender mesmo diante de um transtorno  severo como o transtorno do pânico. (CARVALHO; FLOR, 2011, p. 224) Foi por volta de 1980 que o Transtorno de Pânico foi reconhecido como um problema  psiquiátrico específico de ansiedade. Até aquela época, os ataques de pânicos eram  considerados uma forma de ansiedade de livre variação. As abordagens de tratamento  psicoterapêutico eram demoradas e não tinham uma resposta eficaz. 

O Transtorno de pânico atinge uma proporção de 2% da população mundial e são as  mulheres mais atingidas (Barlow, 1998). Uma possível explicação poderia ser por fatores  hormonais e pelo comportamento aprendido.  

Para relvas (2012), esse processo da neuropedagogia perpassa uma visão neurocientífica  do processo não só de aprender, mas também em ensinar, porque contribui na “identificação de  uma análise biopsicológica e comportamental do educando por meio dos estudos de anatomia  e da fisiologia no sistema nervoso central” (p.53). Esse estudo possibilita ao professor elencar  estratégias pedagógicas em relação ao seu conteúdo nos planejamentos. 

Geralmente o transtorno se apresenta na fase adulta, justamente no momento em que a  pessoas se entregam para o mundo acadêmico, universitário e do trabalho, assumindo  responsabilidade com a sua própria família.  

Este artigo trata-se de um breve levantamento bibliográfico a respeito desse transtorno  que incapacita quem o vivencia. Os transtornos de ansiedade estão cada vez mais presentes na  sociedade contemporânea e os tratamentos disponíveis estão entre os mais efetivos. Por essa  razão, tratar-se-á aqui do processo da neuropedagogia cognitivo-comportamental no transtorno  de pânico e da definição deste transtorno de ansiedade, bem como da exposição de alguns  conceitos relativos ao assunto, tudo com base numa sucinta revisão de teóricos reconhecidos.  

Não é fácil perceber se uma ansiedade é patológica ou não (HAWTON, 1997). Durante  os últimos 20 anos, houve um grande progresso no campo dos estudos neurobiológicos,  genéticos, psicofarmológicos e comportamentais e o professor/educador atento a esta postura  poderá auxiliar significadamente para o aluno universitário que vivencia do transtorno do  pânico em sala de aula. 

Existem fortes evidências de hereditariedade e, futuramente, com o conhecimento  genético, esta característica estará ainda mais definida. Sabe-se que atualmente há 15% a 25%  do transtorno de pânico em familiares de pacientes com quadro de patologia psiquiátrica. Em  gêmeos monozigóticos, à taxa de concordância é de 40% (DALGALARONDO, 2008).

O suicídio no transtorno de pânico é comparável ao da depressão maior. Alguns autores  apresentam que 20% a 40% já atentaram contra suas vidas. De 44% a 60% já tiveram ideias de  suicídio. Tudo indica que a explicação para esse fenômeno é consequência do desenvolvimento  da depressão (SCARPATO, 1998). 

O transtorno de Pânico é classificado pelo DSM IV e pela CID 10 dentro dos distúrbios de ansiedade e considerando a pouca informação sobre o assunto, este artigo tem também  interesse em expor uma síntese para informar e esclarecer dúvidas aos interessados,  estimulando-os para novas pesquisas (SCARPATO, 1998). 

PROBLEMA: Como a ciência da “Neuropedagogia Cognitivo-Comportamental Clinica” poderá contribuir para amenizar o problema do transtorno de Pânico em alunos Universitários  em sala de aula?  

METODOLOGIA: Revisão literária a partir dos artigos, livros e textos de assuntos  especializados.  

RESULTADOS: Foram descritos os fundamentos da eficácia da “Neuropedagogia Cognitivo Comportamental Clínica” na aplicação do transtorno de pânico e revisadas as evidências de  eficácia em curto e longo prazos aplicados por professores/educadores em Universidades em  sala de aula. 

CONCLUSÕES: A “Neuropedagogia Cognitivo-Comportamental clínica” é eficaz na atuação  individual ou em grupo para alunos Universitários com transtorno de pânico, seja como  abordagem de primeira linha ou como um próximo passo para alunos com resposta parcial a  outros tratamentos. 

2 –TRANSTORNO DE PÂNICO 

A ansiedade tem função evolutiva de proteção. É uma reação biológica de resposta ao  contexto ambiental, associada à manifestação emocional que dentro de certos limites é  necessária ao ser humano. “A ansiedade se torna patológica quando muito intensa ou  desproporcional ao estímulo que a originou ou quando surge sem que haja um motivo para isso”  (SKINNER, 1980; apud SILVA, 2003). Quando a ansiedade é intensa e recorrente pode originar  o que se conhece como o medo, de sentir medo, ou o ciclo cognitivo do medo provocando o transtorno de pânico. Veja a figura a seguir para facilitar a compreensão.

SADOCK (2007) caracteriza o transtorno de pânico pela ocorrência espontânea e  inesperada de ataques de pânico, isto é, períodos distintos de medo intenso ou desconforto que  podem variar de vários ataques por dia a apenas poucos por ano. “O ataque dura, em média, de  20 a 30 minutos e raramente mais de uma hora”.  

O mesmo autor diz que o primeiro ataque de pânico costuma ser espontâneo, embora  muitos possam estar relacionados à excitação, esforço físico, atividade sexual ou trauma  emocional moderado. 

Silva (2003) afirma que o transtorno de pânico é uma desordem emocional e está entre  os problemas mais frequentes e incapacitadores na área dos transtornos mentais, derivada das  ansiedades. “A síndrome do pânico é produto da aprendizagem que a pessoa é capaz de articular  com seu repertório comportamental e as estimulações internas e externas. Existem fortes  evidências de hereditariedade”. 

É um episódio de medo, uma intensa crise de ansiedade, com sintomas  psíquicos próprios e acompanhados de sinais neurológicos,  gastrointestinais, cardíacos, pulmonares, que frequentemente simulam  doenças orgânicas. O sofrimento psíquico subentende o medo de morrer,  perder a razão e o próprio controle. Pode haver concomitância ou não com  agorafobia. O agorafóbico é incapaz de fazer qualquer coisa se estiver  desacompanhado (SILVA, 2003). 

Agorafobia é a aversão a locais ou situações nos quais possa ser difícil (ou embaraçoso)  escapar ou onde o auxílio pode não estar disponível caso tenha um ataque de pânico. Os ataques  agorafóbicos podem envolver as seguintes situações evitadas: estar fora de casa  desacompanhado; estar em sala de aula; estar em meio a uma multidão ou permanecer numa  fila; estar em uma ponte; viajar de ônibus, metrô ou automóvel, (ASSAGIOLI, 1966).

De acordo com Sadock (2007, p. 643) os alunos não podem designar a fonte de seu  medo; podem se sentir confusos e problemas em se concentrar. O ataque de pânico também  pode revelar ruminação, dificuldade na fala e comprometimento da memória.  

O paciente com transtorno de pânico apresenta alteração da percepção com  generalizações persecutórias, visão em túnel e abstração seletiva. Faz uma interpretação errônea  da realidade, distorcendo as informações extraídas do meio, através dos órgãos sensoriais.  

Há uma inundação da consciência por estímulos aversivos que  desorganizam a percepção da pessoa e a levam a um estado de intensa  angústia. Está ocorrendo uma superexcitação interna, além do que pode ser integrado e suportado. O que a pessoa não consegue perceber como  emoção ou sentimento é vivido como reações desordenadas do corpo,  confusão mental (SILVA, 2003). 

O transtorno de pânico se apresenta “como ataques espontâneos de perigo ou morte  iminente, associados a sintomas de hiperatividade autonômica” (NETO; ELKIS, 2007, p. 298).  Os sintomas mais facilmente percebidos são palpitações ou taquicardia, sudorese, tremores,  sensações de falta de ar ou sufocamento, sensações de asfixia, dor ou desconforto torácico,  náusea ou desconforto abdominal, sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio,  medo de perder o controle ou enlouquecer, medo de morrer, parestesias (anestesias ou  sensações de formigamento), calafrios ou ondas de calor. De acordo com Dalgalarrondo (2006),  “nas crises intensas, os pacientes podem experimentar diversos graus da chamada  despersonalização”. Esta se revela como sensação de “cabeça leve” e de o corpo ficar estranho;  há um estranhamento de si. “Pode ocorrer também à desrealização (sensação de que o ambiente,  antes familiar, parece estranho, diferente, não familiar) ”. 

Chalub (1997), citado por Dalgalarrondo (2006) menciona que as crises “são, muitas  vezes, desencadeadas por determinadas condições como: aglomerados humanos (Universidades), ficar preso (ou com dificuldade para sair) em congestionamentos no trânsito,  supermercados com muita gente, shopping centers, situações de ameaça, etc.”. 

Para Neto e Elkis (2007) a pessoa pode ser acometida pela crise de pânico quando fica  apreensiva diante de sensações emocionais e físicas com consequente descarga de adrenalina  que intensifica tais sensações e as interpreta negativamente de forma catastrófica irremediável.  Para explicar a vulnerabilidade desenvolvida pelo aluno veja a figura a seguir: 

As crises de pânico podem ocorrer em qualquer época da vida, sendo mais frequentes  no final da adolescência e início da vida adulta, quando a pessoa entra para a Universidade.  Pessoas com baixa autoestima e pouca autoconfiança julgam que possuem recursos  insuficientes para enfrentar seus problemas. Os portadores do transtorno, geralmente se isolam  por sentirem-se envergonhados e não conseguirem definir o que sentem. Para Silva (2003) “as  pessoas com transtorno de pânico, podem ficar desacreditadas pelos familiares e podem entrar  em depressão profunda”. A depressão explica o risco de suicídio e pode ser originada também  pela falta de um acompanhamento (tratamento) adequado. 

3 – Neuropedagogia 

A Neuropedagogia se importa para as questões do cérebro humano referente a questão  de aprendizagem. Ligada aos processos de neurociência, a neuropedagogia oferece caminhos  para o professor atuar com alunos que vivenciam o transtorno de pânico e necessitam de uma  abordagem diferenciada. O verdadeiro sentido neste processo de aprendizagem é perceber que  mesmo diante dos desafios do aluno com pânico, a neurociência poderá atuar de forma  diferenciada no processo de aprender. Quando o professor/educador respeita os mecanismos  cerebrais que são basicamente o hipotálomo, o sistema límbico e o córtex, sua  instrumentalização passará a ser assertiva, estimulando o aprender do aluno mesmo diante de  uma intensa ansiedade. 

De acordo com Alves (2010), a Neuropedagogia engloba concepções de funcionamento  do cérebro humano para aprender e as formas de entendimento dessa aprendizagem  armazenada, mas ainda envolver a escola com metodologias orientadas ao melhor desempenho  cognitivo. 

O hipotálamo é o órgão localizado na base do crânio que controla as funções de sobrevivência. O aluno com pânico estimula esta parte do cérebro que fica em evidência por  motivo de se sentir ameaçado e com medo intenso. A função do hipocampo também se estende  para o centro da fome, da saciedade, da sede e do impulso sexual.  

O sistema Límbico possui a função voltada para os afetos, sentimentos, emoções. Nota se que o aluno com pânico altera totalmente o seu sistema límbico, pois suas emoções ficam  totalmente alteradas, como, por exemplo: medo, raiva, frustração, terror, ansiedade e outros. 

O Córtex gerencia três grandes áreas importantes: controle do movimento e equilíbrio  do corpo, a percepção dos sentidos e os processos cognitivos.  

É muito importante o professor ficar atento para o comportamento do mesmo em sala  de aula pelos vários motivos, entre eles se destacam: ele é um ser social, afetivo, cognitivo,  psicomotor e perceptivo.  

Goleman afirma que LeDoux (1996), neurocientista do Centro de Ciência Neural da  Universidade de Nova Iorque, descobriu o papel-chave da amígdala no cérebro emocional.  Paralelamente às conhecidas projeções das aferências sensitivas e sensoriais do tálamo  sobre o córtex que então viabilizam a identificação do estímulo em questão e que orquestram  uma reação elaborada, “pensada”, como resposta, LeDoux et al (1996), descreveram que o  tálamo também projeta as aferências sensoriais sobre a amígdala que, então, atua diretamente sobre o tronco encefálico. Esta via mais direta acarreta, portanto, respostas inespecíficas e mais  rápidas (com intensos componentes autonômicos), prévias às respostas processadas pelo córtex  cerebral, o que explica, por exemplo, reações abruptas de medo frente a determinadas situações.  Em relação a esses embricamentos funcionais, é ainda interessante a observação de LeDoux et  al (1996) de que, dado o fato da amígdala apresentar um amadurecimento funcional prévio em  relação ao hipocampo e ao resto do córtex cerebral, o armazenamento das primeiras lembranças  com carga emocional pode ocorrer de maneira ainda pouco elaborada e se tornar um elemento  de memória não apropriadamente codificado e que, eventualmente, pode vir ser posteriormente  mobilizado de forma também inapropriada. 

Para o professor/educador que atua com alunos universitários com pânico a  “Neuropedagogia Cognitivo-Comportamental Clínica” contribuirá para a melhora do mesmo,  pois ela é uma ciência abrangente, que necessita de um olhar diferenciado no processo de  ensino, aprendizado, a memória e a motivação ficam afetadas pela carga emocional de quem  vive o problema.  

A educação formal necessita ser revisada e sair de uma postura reducionista, segundo Flor (2011) é preciso “ensinar o indivíduo a aprender a aprender, a aprender a pensar, a aprender a  estudar, a aprender a se comunicar, e não apenas reproduzir e memorizar informações, mas, sim,  desenvolver competências de resolução de problemas”. Ainda no mesmo pensamento de Taricano  (2009) ressalta a importância do ensino da lógica e do conhecimento de técnicas apropriadas  conforme o funcionamento cerebral para tornar a aprendizagem mais eficaz. 

A Neuropedagogia uma ciência inteligente baseada nos pilares da neurologia e  pedagogia capaz de oferecer ao professor alternativas eficazes de atuação no campo  pedagógico. Quando o professor instrumentaliza no campo de trabalho os aspectos múltiplos  cognitivos, a estimula a vivenciar os sonhos, memoria, tomada de decisão e todos os processos  mentais do aluno, surgem a espontaneidade e a inteligência emocional, facilitando o mesmo a  lidar melhor com o problema de ansiedade provocada pelo pânico.  

De acordo Pitta (2006), algumas pessoas preferem escutar e pensar as palavras, numa  dimensão da programação neurolinguística, tornando-se característicos do sistema  representacional auditivo. Isso indica a facilidade de alguns em memorizar mais facilmente  algumas informações ao ouvi-las com atenção, em detrimento ao que se pensa, para armazenar  dados relevantes é preciso apenas repetir várias vezes ou ficar visualizando por escrito. Mais  realidade ainda, quando o professor na sala de aula faz com que todos copiem e reproduzam  várias vezes um conhecimento a fim de fixar no cérebro. O processo criativo emanado por uma  mente estimulada no campo pedagógico produz bilhões de neurônios e outras células comunicando-se entre si por meio de um número intenso de conexões sinápticas e tudo isso  acontece por um órgão que pesa aproximadamente 1,4 kg (cérebro). 

E importante o professor entender que as sinapses são componentes essenciais da  comunicação ao cérebro. Os neurônios assumem sua identidade, como sinalizadores químicos.  As funções inerentes a estas estruturas, que são: receber, analisar e armazenar os estímulos de  natureza auditiva, tátil-cinestésica e visual, recodificar as informações recebidas, são nomeadas  por Luria (2006, p. 233) como zonas secundárias das áreas corticais posteriores (aferentes). Os  neurotransmissores têm papel importantíssimo por que se ligam a receptores localizados nos  dendritos ou corpos celulares de outro neurônio, estimulando outros sinais fisioquímicos. 

Nota-se aqui todo o processo cognitivo que o professor necessita entender e sua  instrumentalização se volta para os estímulos adequados no momento de se trabalhar o processo  de comunicação, percepção, inteligência e os pensamentos frente a todas as adversidades do  aluno ao vivenciar o transtorno de pânico em sala de aula. 

Os parâmetros curriculares nacionais abordam o assunto de formação adequada aos  estudantes com atitudes dizendo que “não basta ensinar… ao realizarem procedimentos de  observação e experimentação, os alunos buscam informações e estabelecem relações entre  elementos dos ambientes” (BRASIL, 1997, p.32). Com isso, o professor/educador precisa  desenvolver meios interativos para os estudantes entenderem e aquilo se torna verdadeira  aprendizagem e não memorização. Esse reforço da observação para os estudantes do sistema  visual preconiza entender elementos mais inter-relacionados aos ambientes vividos e aspectos  vistos pelos mesmos e neste ponto os neurônios desempenham funções bem específicas.  

Cada neurônio corresponde a uma tarefa deferente como, por exemplo: sorrir, entender,  imaginar, nadar, chorar, interpretar, enxergar, etc. Os neurônios se organizam em grupos e os  mesmos são responsáveis pelos movimentos corporais, oculares e a atenção para todos os  processos perceptíveis dos acontecimentos ao redor do aluno. 

Segundo Maia (2011), as funções cognitivas representadas pelo sistema sensorial  cenestésico se concentram nos lobos frontais e parietais, e quando o professor/educador conhece as partes do cérebro que comandam as atitudes de seus alunos sua atuação se  diferenciada no campo pedagógico.  

4 – NEUROPEDAGOGIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL 

A Neuropedagogia e a Psicologia Cognitivo-Comportamental Clínica baseiam-se em  pressupostos claros em apresentar, aplicar princípios simples, objetivos e bem definidos.

Nota-se que alunos universitários com o transtorno de pânico tornam-se susceptíveis a  desenvolver uma interpretação catastrófica e pensamentos pessimistas dos fenômenos  observados e vivenciados. 

A Neuropedagogia Cognitivo-Comportamental tem por objetivo auxiliar o aluno  Universitário a identificar, avaliar e modificar os pensamentos que precipitam e causam desconforto. 

A postura do professor/educador que utiliza a ciência neuropedagógica deverá ser  levada em consideração como um aspecto importante no processo da modificação  comportamental. Empatia, cordialidade, compreensão, afetuosidade e motivação para ajudar são fatores imprescindíveis para quem sofre com o transtorno. 

De uma forma breve, pretende-se apresentar os benefícios da neuropedagogia e a  psicologia cognitivo-comportamental com estratégias de enfrentamento baseadas em  informações que já foram testadas e que têm eficácia comprovada em pacientes/alunos com  pânico.  

Percebe-se que com a tomada de consciência, os próprios pacientes/alunos procuram os  psicólogos, os psiquiatras ou são encaminhados pelos médicos clínicos. É importante salientar  que para alguns, o tratamento farmacoterapêutico é tão importante e eficaz quanto à “Neuropedagogia Cognitivo-Comportamental Clínica” no processo psicoterapêutico, oferecer  informações sobre as etapas da terapia ajuda o paciente a perceber o significado do tratamento.   

Algumas etapas poderão fazer parte para estimular o paciente/aluno a se engajar e se motivar: 

(1) – Fornecimento de informação ao paciente sobre o modelo da “Neuropedagogia Cognitivo Comportamental” e o ciclo do pânico. 

(2) – Identificação das situações evitadas, das sensações corporais, pensamentos automáticos e  interpretações errôneas que os acompanham. 

(3) – Elaboração de uma lista hierárquica de situações que o indivíduo tem receio de enfrentar. (4) – Treino de respiração e relaxamento, exposição interoceptiva. 

(5) – Exame, pelo cliente, das interpretações errôneas e estratégias cognitivas para sua correção:  exame de evidências, explicações alternativas. 

(6) – Decatastrofização de tarefas de casa: identificação dos sintomas, uso das técnicas  cognitivas (HAWTON e SALKOVSKIS, 1997).

As etapas aqui apresentadas necessitam ser articuladas em uma aplicação  psicodinâmica, respeitando sempre a condição individual, psiconeurobiológica e sociológica de  cada paciente/aluno. 

Small (1974) define a terapia breve “como um tratamento no qual a extensão, a  frequência e a duração da entrevista são determinadas pelo mínimo necessário para se atingir a  melhor condição possível para o aluno/paciente”. Ela não busca a reconstrução da  personalidade, exceto se se considerar que qualquer intervenção dinâmica leva,  secundariamente, à sua reestruturação. Sua finalidade é dirigida para o alívio da sintomatologia  e fortalecimento dos mecanismos de defesa existentes, procurando desenvolver suficientemente o conforto do aluno para se comportar em sala de aula no processo de aprendizado. 

O que se pretende com a psicoterapia breve com alunos que vivenciam o transtorno de  pânico em sala de aula em Universidades: 

[…] é fornecer uma intervenção imediata num problema onde ocorra um  distúrbio psicológico de certo nível, a fim de melhorar os sintomas – não  curá-los, e sim restabelecer o estado de equilíbrio anterior, mais eficiente,  ou talvez alcançar um estado de equilíbrio mais permanente. (SMALL,  1974, p. 17) 

A abordagem neuropedagógica pode ser vista como um procedimento breve e foi  derivada das teorias psicanalíticas e da aprendizagem; e tem suas próprias técnicas de  tratamento e critérios específicos. 

Enfatiza o desenvolvimento de uma experiência emocional corretiva que visa à reparação de  eventos traumáticos passados e conscientiza o paciente da possibilidade de novos pensamentos,  sentimentos e comportamentos. 

As psicoterapias breves são um componente importante dos métodos atuais para tratar uma variedade de transtornos mentais. Abordagens e  tratamentos de curto prazo (também chamadas de psicoterapia de tempo  limitado) não apenas ajudam as pessoas a lidarem com problemas e crises  atuais, mas também são úteis para transtornos mentais maiores como os de  ansiedade (SADOCK, 2007, p. 990). 

Este mesmo autor considera ainda outras variáveis que limitam a terapia breve:  (1) compreensão das forças que desencadeiam o distúrbio; 

(2) reconhecimento de alguns dos problemas da personalidade que interferem no melhor  ajustamento da vida; 

(3) compreensão parcial da origem dessas circunstâncias nas experiências do passado; (4) nível de conscientização do relacionamento entre os problemas predominantes da  personalidade e a doença em questão; 

(5) compreensão das medidas que podem contornar as dificuldades atuais do meio. “A psicoterapia breve é um paliativo; em vez de reformular o indivíduo de dentro para  fora, ela o ampara de fora para dentro” (SMALL, 1974, p. 18). É um incentivo e conduz a uma  verdadeira maturação, implicando numa identificação proveitosa com o terapeuta, associada a  um fortalecimento da autoestima e a uma maior tolerância a impulsos anteriormente  inaceitáveis.  

Requer o estabelecimento de um foco terapêutico, a capacidade de interação emocional,  a história de relacionamentos de troca e a capacidade de os alunos/pacientes experimentarem e  tolerarem ansiedade, culpa, depressão, além da motivação para a mudança e disposição  psicológica. É necessária ainda a identificação das situações evitadas, das sensações corporais,  dos pensamentos automáticos e das interpretações errôneas.  

É importante estimular o aluno/paciente a avaliar com clareza suas dificuldades  emocionais para tomar consciência e responder às interpretações do estresse do tratamento com  mais assertividade. Concentrar-se na determinação do mesmo e na exploração de crises para o  melhor amadurecimento psicoemocional. Os conflitos interpessoais deverão ser identificados e  trabalhados em sessões psicoterapêuticas, encorajando o aluno a estabelecer relacionamentos e  a diminuir o isolamento social.  

Uma das terapias breves mais utilizadas no tratamento do transtorno de Pânico é a Cognitivo-comportamental. Seu foco principal é oferecer uma resposta positiva,  rápida, estruturada, orientada para problemas atuais, utilizando a colaboração ativa entre  paciente e terapeuta no tratamento (BECK e ALFORD, 2000). 

A psicoterapia cognitivo-comportamental sugere alguns pressupostos básicos para se  alcançar os objetivos propostos no tratamento, entre eles, destacamos: 

(1) Percepção e experiência em geral são processos ativos que envolvem dados de inspeção e  introspecção; 

(2) As cognições representam uma síntese de estímulos internos e externos; (3) Como as pessoas avaliam uma situação costuma ser evidente em suas cognições  (pensamentos e imagens visuais);  

(4) Tais cognições constituem o fluxo de consciência ou campo fenomenal, que reflete a  configuração que se tem de si próprios, de seu mundo, de seu passado e de seu futuro; (5) Alterações no conteúdo das estruturas cognitivas subjacentes afetam seus estados afetivos  e padrões comportamentais; 

(6) Com terapia psicológica, os pacientes podem tomar consciência das distorções cognitivas;

(7) A correção dos construtos disfuncionais defeituosos pode levar a melhora clínica  (HAWTON e SALKOVSKIS, 1997). 

O objetivo principal da terapia cognitiva é enfatizar e alterar as distorções cognitivas  que mantém os sintomas. A terapia requer uma explicação completa do relacionamento entre  pensamento, afeto e comportamento, bem como a razão para todos os aspectos do tratamento.  A abordagem inclui três processos:  

(1) Evocação de pensamentos automáticos – também chamados de distorções cognitivas, se  interpõem entre eventos externos e reação emocional da pessoa; 

(2) Testagem de pensamentos automáticos: objetiva encorajar o paciente a rejeitar  pensamentos automáticos incorretos ou exagerados após exame cuidadoso;  (3) Identificação de pressupostos mal adaptativos: à medida que terapeuta e paciente continuam  a identificar pensamentos automáticos, certos padrões passam a se tornar evidentes (HAWTON  e SALKOVSKIS, 1997). 

Assagioli, (1996) atribui importância quando os indivíduos são encorajados a terem  autoconfiança fazendo coisas simples. Segundo o mesmo autor, alguns aspectos são  fundamentais para atribuição de tarefas graduais: 

(1) Definição do problema. 

(2) Formulação de um projeto com atribuição de tarefas da simples à complexa. (3) Observação imediata e direta pelos pacientes de que são capazes de alcançar um  objetivo específico. O feedback concreto contínuo fornece uma nova informação  corretiva em relação à sua capacidade funcional. 

(4) Ventilação de dúvidas, reações e depreciações de suas realizações. 

(5) Encorajamento de avaliação realística acerca do desempenho real. 

(6) Ênfase no fato de que os pacientes alcançaram objetivos como resultado de seus  próprios esforços e habilidades. 

(7) Planejamento de atribuições novas, complexas, em colaboração com os pacientes. Na psicoterapia breve o “Neuropsicopedagogo” deve adaptar a técnica à necessidade do  aluno/paciente, com uma intervenção ativa e diretiva, respeitando sempre os processos de  transferência e contratransferência para não desenvolver uma dependência. Segundo Neto e Elis (2007), o quadro clínico que o paciente apresenta é complexo, com  a participação das seguintes variáveis:  

(1) Vulnerabilidade biológica: determinada pela genética; 

(2) História de vida e aprendizagem: relacionadas à autoestima e autoconfiança;

(3) Pensamentos negativos: o pensamento catastrófico facilita o desencadear das crises; (4) Hipervigilância: Interpretação de situações como sendo perigosas; 

(5) Hiperventilação: gera descargas do sistema nervoso autonômico; 

(6) Pouca discriminação das emoções e sensações corporais; 

(7) Ansiedade antecipatória; 

(8) Vida familiar: a pessoa perde a autonomia e isso pode comprometer a vida econômica da  família, o lazer e gerar todo tipo de conflito. 

Ao iniciar a abordagem neuropsicopedagógica o aluno universitário com transtorno de  pânico, é necessária a investigação minuciosa de todos esses fatores. A orientação sobre o  problema é muito importante, pois a informação facilita a cooperação e traz o alívio.  

É importante focalizar também as falsas crenças do paciente que o levam a interpretar  equivocadamente sensações corporais leves como indicativos iminentes de ataques de pânico,  tragédia ou morte. Sendo assim, devem-se incluir explicações de que quando os ataques de  pânico ocorrem, são por tempo limitado e não ameaçam a vida.  

O professor educador/terapeuta deve “intermediar a conduta adequada da família com  o paciente, tendo em vista que o quadro é de difícil compreensão e são atribuídos  preconceituosamente à loucura, manipulação, histeria ou fraqueza” (SILVA, 2003).   

4 – CONSIDERAÇÕES FINAIS 

Conclui-se que abordagens farmacológicas e “Neuropedagogia-Cognitivo comportamental Clínica Breve” (WOLBERG, 1979) comprovaram ser úteis no combate ao  transtorno de pânico. A superação do transtorno de pânico é possível através da elaboração das  emoções, reorganização dos padrões fisiológicos que originaram o pânico e pela criação de  alternativas pessoais mais satisfatórias apresentadas no ambiente de estímulo. Para BECK,  2000, o esquema cognitivo tem por objetivo reunir recursos mentais, organizando o ambiente  de estímulos e antecipando a percepção dos fatos. Esta abordagem, contribui  consideravelmente, para que o aluno/paciente possa administrar a sua forma de interpretar,  sentir e se realizar nos contatos interpessoais, fortalecendo a sua identidade. Como resultado, a  ansiedade e a angústia se dessensibilizam e o aluno/paciente resgata sua autoestima, segurança  pessoal e retoma para os interesses dos projetos pessoais. Embora o tratamento psicológico e  psiquiátrico do transtorno de pânico ser em uma abordagem breve, é importante o acompanhamento dos pacientes a longo prazo.

Por fim, o estudo do cérebro/encéfalo e suas contribuições para a educação representa  um novo mundo na relação das ciências demonstrando a efetividade, eficiência e eficácia para  o desenvolvimento das pessoas, especialmente os alunos universitários que se encontram  vulneráveis. Assim, a “Neuropedagogia”, “Neuropsicopedagogia”, “Neuropsicologia” e a  “Neurocência Comportamental” poderão colaborar expressivamente com práticas educativas e  clínicas baseadas nos processos de psicoterapia e ensino/aprendizagem envolvendo a emoção  ou psicoemocional do estudante como incentivo ao estímulo psicocerebral. 

Portanto, desenvolver um repertório comportamental adequado para a resolução de  problemas reais no contexto sociocultural dos indivíduos, como dizia o teórico (LURIA, 1992,  p.48), salientando a construção social da mente no saber/conhecimento é ato de inteligência  pura do Ser Humano. Dessa forma, os temas abordados nesse trabalho não se esgotam nas  possibilidades de pesquisa no aspecto da “Neuropedagogia Cognitivo-Comportamental  Clínica”, sendo necessário maior investimento e interesse das instituições públicas e privadas  nos estudos para ampliar metodologias capazes de melhorar a atuação do docente no ensino,  assim facilitar a aprendizagem para os estudantes universitários, num processo dialógico e com  a (e) fetividade nas relações humanas e escolares. 

5 – REFERÊNCIAS 

1 -ASSAGIOLI, Roberto. Psicossíntese: manual de princípios e técnicas. Trad. Álvaro  Cabral. 3. ed. São Paulo: Cultrix, 1996. 

2 -Barlow DH. Anxiety and its disorders: the nature and treatment of anxiety and panic.  New York: Guilford Press; 1988.  

3 – BECK, A. T. & ALFORD, B. A. 2000. O poder integrador da terapia cognitiva. Porto  Alegre: Artes Médicas. 

4 -DALGALARONDO, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. 2. ed.  – Porto Alegre: Artmed, 2008,4 – DEN BERG, J. H. Van. O Paciente Psiquiátrico: esboço de  psicopatologia fenomenológica. Trad. Miguel Maillet. São Paulo: Mestre Jou, 1966. 5 -DALGALARRONDO, P.; OLIVEIRA, M. C. M. Aspectos neuropsiquiátricos do lobo  frontal: o caso da Síndrome de Cotard. In: NITRINI, R.; MACHADO, L. R. Cursos pré congresso 98. São Paulo: Academia Brasileira de Neurologia, 1998. 

6 -DSM-IV-TRTM Manual Diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. Trad. Cláudia  Dornelles; – 4. Ed. – Porto Alegre: Artmed, 2002.

Fonseca, V. Cognição, neuropsicológica e aprendizagem.2 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008. CHALUB, Miguel. Temas de Psicopatologia. Rio de Janeiro: Zahar, 1977. 

7 -FLOR, Damaris; CARVALHO, Teresinha Augusta Pereira de. Neurociência para educador:  coletânea de subsídios para “alfabetização neurocientífica”. São Paulo: Baraúnas, 2011. 

8 -GOLEMAN, D.O Circuito Neural do Medo. “Inteligência Emocional” (p. 311/313).  Objetiva, RJ, 2.007. 

9 -HAWTON, K.; SALKOVSKIS, P.M.; KIRK, J.; CLARK, D.M. – Terapia cognitivo comportamental para problemas psiquiátricos, um guia prático. Martins Fontes, São  Paulo,1997. 

10 – LOUZÃ NETO, Mário R; ELKIS, Hélio. Psiquiatria Básica. 2. ed. Porto Alegre: Artmed,  2007. 

11 -LURIA, A.R. A Construção da Mente. São Paulo: Ícone, 1992. 

12 -PITTA, Ana (Org.). Reabilitação Social no Brasil. São Paulo: Hucitec, 1996.   

13 -SADOCK, Benjamin James. Compêndio de Psiquiatria: Ciências do comportamento e  psiquiatria clínica. 9. ed. – Porto Alegre: Artmed, 2007. (Tradução Claudia Oliveira Dornelles,  Cristina Monteiro, Irinco S. Ortiz, Ronaldo Costa Cataldo). 

14 -MAIA, Heber. Neurociências e desenvolvimento cognitivo. 2º ed. Rio de Janeiro: Wak  Editora, 2011. 

15 -Relvas, Marta Pires, Neurociências e transtornos da aprendizagem – As Múltiplas  Eficiências para uma Educação Inclusiva, 2012 – 3ª edição – Wak editora. 16 SCARPATO, Artur. “Síndrome do Pânico: uma Abordagem Psicofísica”. Revista Hermes,  Sedes Sapientiae, São Paulo, número 3, 1998. 

17 – SILVA, Adriano Nicolau. Terapia Cognitivo-comportamental na Síndrome do Pânico.  Uberaba: [s.n.]2003. 

18 -SKINNER, B.F. Contingências do reforço: uma análise teórica. São Paulo: Abril  Cultural, 1980. (Coleção “Os Pensadores”) 

19 -SMALL, Leonard. As Psicoterapias Breves. Trad. Sônia Regina Pacheco Alves. Rio de  Janeiro: Imago, 1974. 

20 -WOLBERG, Lewis R. Psicoterapia Breve. Trad. Álvaro Cabral. São Paulo: Mestre Jou,  1979.

Adriano Nicolau da Silva, Psicoterapeuta, Neuropsicopedagogo e Neuroeducador. Graduado em Psicologia e Filosofia. Especialista nas áreas de educação e clínica. Uberaba, MG. E-mail: adrins@terra.com.br. Colunista do Factótum Cultural.