As lições da Capitã Marvel para se tornar um super profissional

Você consegue reconhecer os vilões da sua vida profissional? Especialista em aprendizado destaca como o filme da Marvel pode ajudar sua carreira
São Paulo – “Eu não tenho que te provar nada”, diz a super-heroína Capitã Marvel na hora de encerrar com apenas um golpe a luta com o vilão.
Parece uma resposta certa para o filme que recebeu críticas antes mesmo de ser lançado e é o primeiro da Marvel com uma protagonista mulher. E também resume as características da personagem que pode servir de inspiração para sua vida profissional.
De acordo com Flora Alves, sócia-fundadora da SG e especialista de treinamento e em design de aprendizagem, o filme mostra a busca por autoconhecimento, uma jornada que diversos profissionais traçam no mundo atual.
Interpretada pela atriz Brie Larson, a heroína começa o filme como parte de uma equipe dos alienígenas Kree lutando uma inacabável guerra contra a civilização Skrull. Ela não lembra nada do seu passado e até seu nome, Vers, foi dado por outros.
De volta ao planeta Terra, ela redescobre sua história e identidade: ela é Carol Danvers, uma ex-piloto de caças da Força Aérea dos Estados Unidos.
“Quando ela descobre quem é, ela se liberta e alcança seu verdadeiro potencial”, diz Flora.
Com uma bilheteria mundial que ultrapassou o marco de US$ 1 bilhão, o filme inspirou e agradou os fãs do universo Marvel. Para Flora Alves, o filme é impressionante por costurar múltiplos temas em sua trama, mostrando desde a força da diversidade dentro de um time até a responsabilidade de conhecer seus pontos fortes.
“No final da história, o filme mostra que ninguém é capaz de fazer você chegar na sua melhor versão do que você mesmo. A personagem toma decisões de acordo com suas próprias convicções. Na vida profissional, muitos vão tentar mostrar que seu sucesso depende de forças externas, mas é justamente o contrário: o super poder está dentro de cada um”, diz a especialista.
As lições para o crescimento pessoal e profissional são muitas e a especialista fez uma leitura do filme com o foco no mundo corporativo.
Primeiro poder: Ignorar quem só diz “não”
Muita gente disse “não” para Carol Danvers. Em suas memórias da infância, seu pai dá bronca nela por querer participar de brincadeiras e esportes “de menino”. No exército, os colegas riem dela por cair e falhar no treinamento.
Com joelhos ralados e ossos quebrados, ela aparece perdendo e ouvindo que não é capaz repetidas vezes. E, em todos os momentos, ela se levanta e tenta novamente.
“Em termos de carreira, muito vão tentar te convencer de que não é capaz. Você precisa focar nas suas potencialidades, não no que dizem que você deveria ser melhor. A heroína é curiosa e rebelde, irreverente e sempre busca ultrapassar seus limites”, explica Flora.
Segundo poder: Inteligência emocional para tomar decisões
Yon-Rogg, interpretado por Jude Law, é o mentor Kree da Vers. No início do filme, enquanto treinam, ele fala que as emoções são o ponto fraco dela e que precisa encontrar um equilíbrio para ser uma grande guerreira.
“Para nós, o equilíbrio é encontrado através da inteligência emocional, assim você pode ter foco para ver um cenário com clareza e tomar as melhores decisões. Se deixar levar pelas emoções prejudica sua análise da realidade presente”, comenta ela.
O conselho parece bom de primeira, mas o personagem coloca a si mesmo como quem vai ajudar Vers a resolver seu ponto fraco.
Já na Terra, Carol reencontra sua melhor amiga, Maria Rambeau, que aponta todos os seus pontos fortes. Ela mostra para a protagonista que ela tem os mecanismos para contornar suas falhas e vencer.
“Conhecer a minha reação às emoções, conversar com elas e depois usá-las a meu favor é o certo. Na carreira, se existe uma situação que causa um desconforto, você escolhe como reagir. Para isso, você deve compreender de onde veio o sentimento”, explica.
O mentor mostra o negativo e coloca a responsabilidade pelo crescimento dela do lado de fora. A amiga mostra como olhar para dentro de si. “Isso é chave para o profissional de hoje”, fala.
Terceiro poder: O verdadeiro empoderamento
Quando percebe seu potencial, Carol reflete: estava lutando com uma mão amarrada nas costas, e agora, o que consigo realizar?
“A partir desse momento, ela resolve tudo muito rápido. Ela vê quem é quem, toma decisões e faz em 15 minutos o que não fez no filme inteiro. Ela se empodera e assume a responsabilidade por fazer acontecer”, diz a especialista.
É como um aviso que lembra uma máxima do universo Marvel: com grandes poderes, vêm grandes responsabilidades.
A personagem avança sempre, mas seus grandes feitos – salvar o mundo – apenas trazem desafios ainda maiores, como se tornar a protetora de diferentes galáxias. “Ela não pode pensar mais só em si mesma”, fala.
No trabalho, é necessário estar atento não somente aos benefícios, mas às responsabilidades implícitas em novos projetos e desafios. Um novo líder deve pensar e cuidar de todos em sua equipe.
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