Por Adriano Nicolau da Silva

A ansiedade, de maneira desproporcional, afeta milhões de pessoas, provocando consequências negativas tanto emocionais quanto físicas. O aumento das questões relacionadas aos transtornos de ansiedade impacta a sociedade contemporânea. No local de trabalho há inúmeras provas dos efeitos negativos da ansiedade crônica, provocando problemas psicológicos nos trabalhadores. É fundamental compreender que a ansiedade é uma manifestação de fatores genéticos, ambientais e emocionais.
Quando a ansiedade atinge níveis apropriados, pode ser um incentivo positivo para impulsionar o propósito de vida, por outro lado, quando em excesso, causa desconforto mental e físico.
Conforme Castillo (2000), indivíduos ansiosos costumam apresentar medo excessivo, dificuldades para relaxar e frequentemente se preocupam com a opinião alheia sobre o desempenho pessoal, necessitando de estímulo e aprovação para recuperar a autoconfiança.
Compreendo a importância de questionar a causa da ansiedade, os sintomas físicos como cefaleia, dor nas costas, má digestão, tremores no corpo, insônia e outros, a fim de facilitar o processo psicoterapêutico. Além disso, é muito interessante questionar como eles pensam e se sentem diante dos sintomas.
Friman, Hayes et al., por exemplo, falam dos componentes verbais da ansiedade:
A maioria das pessoas ansiosas procura tratamento para lidar com a presença do objeto ou evento temido, enquanto não pensam ou sentem medo. Isso significa que o aspecto verbal do medo é parte do evento temido. (P. 150).
É comum sentir ansiedade ao enfrentar uma expectativa, seja ao apresentar um trabalho acadêmico, um projeto em público ou proferir uma palestra. A questão surge quando a ansiedade se manifesta e o medo entorpecendo a percepção e a criatividade, provocando desconforto e angústia. A preocupação constante pode prejudicar a vida do paciente, resultando em paralisia comportamental ou euforia exagerada, e em alguns casos, conduzindo-o à depressão. Isso prejudica a autoestima da pessoa, fazendo-a perder oportunidades na vida social, familiar e profissional. É crucial que o paciente pense sobre a sua condição atual e como a ansiedade está impactando sua vida, seja de maneira positiva ou negativa.
Conclusão
Portanto, a ansiedade pode afetar diversos aspectos da vida, tais como as relações interpessoais, o desempenho no trabalho ou na escola, bem como a saúde física. O medo e a ansiedade persistentes podem levar ao isolamento social e à fuga de situações que poderiam ser gratificantes ou vantajosas.
Atribuo grande relevância aos novos estudos teóricos e empíricos na área da psicologia, particularmente na psicoterapia com foco na questão da “ansiedade”. Isso ocorre devido ao aumento na estatística de indivíduos ansiosos que enfrentam consequências negativas. Compreendo a importância de formular estratégias que incluam a prevenção e tratamento para melhorar a qualidade de vida do indivíduo.
Referências:
CASTILLO, Ana Regina Geciauskas Lage. et al. Transtornos de ansiedade. Revista Brasileira de Psiquiatria, 22 (Supl. II), p. 20-3, 2000.Disponível em: Acesso em: 21 out. 2020.
Friman, P. C., Wilson, K. G., & Hayes, S. C. (1998). Behavior analysis of private events is possible, progressive, and nondualistic: A response to Lamal. Journal of Applied Behavior Analysis, 31, 707-708.

Adriano Nicolau da Silva, Psicoterapeuta, Neuropsicopedagogo e Neuroeducador. Graduado em Psicologia e Filosofia. Especialista nas áreas de educação e clínica. Uberaba, MG. Colunista do Factótum Cultural. E-mail: adrins@terra.com.br.
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