A ansiedade, de maneira desproporcional, afeta milhões de  pessoas, provocando consequências negativas tanto emocionais quanto físicas. O aumento das questões relacionadas aos transtornos  de ansiedade impacta a sociedade contemporânea. No local de trabalho  há inúmeras provas dos efeitos negativos da ansiedade crônica,  provocando problemas psicológicos nos trabalhadores. É fundamental  compreender que a ansiedade é uma manifestação de fatores  genéticos, ambientais e emocionais.  

Quando a ansiedade atinge níveis apropriados, pode ser um  incentivo positivo para impulsionar o propósito de vida, por outro lado,  quando em excesso, causa desconforto mental e físico.  

Conforme Castillo (2000), indivíduos ansiosos costumam  apresentar medo excessivo, dificuldades para relaxar e  frequentemente se preocupam com a opinião alheia sobre o  desempenho pessoal, necessitando de estímulo e aprovação para  recuperar a autoconfiança. 

Compreendo a importância de questionar a causa da ansiedade,  os sintomas físicos como cefaleia, dor nas costas, má digestão,  tremores no corpo, insônia e outros, a fim de facilitar o processo  psicoterapêutico. Além disso, é muito interessante questionar como  eles pensam e se sentem diante dos sintomas. 

Friman, Hayes et al., por exemplo, falam dos componentes  verbais da ansiedade:  

A maioria das pessoas ansiosas procura tratamento para  lidar com a presença do objeto ou evento temido, enquanto não  pensam ou sentem medo. Isso significa que o aspecto verbal do  medo é parte do evento temido. (P. 150). 

É comum sentir ansiedade ao enfrentar uma expectativa, seja  ao apresentar um trabalho acadêmico, um projeto em público ou  proferir uma palestra. A questão surge quando a ansiedade se manifesta e o medo entorpecendo a percepção e a criatividade,  provocando desconforto e angústia. A preocupação constante pode  prejudicar a vida do paciente, resultando em paralisia comportamental  ou euforia exagerada, e em alguns casos, conduzindo-o à depressão.  Isso prejudica a autoestima da pessoa, fazendo-a perder  oportunidades na vida social, familiar e profissional. É crucial que o  paciente pense sobre a sua condição atual e como a ansiedade está  impactando sua vida, seja de maneira positiva ou negativa. 

Conclusão 

Portanto, a ansiedade pode afetar diversos aspectos da vida, tais  como as relações interpessoais, o desempenho no trabalho ou na  escola, bem como a saúde física. O medo e a ansiedade persistentes  podem levar ao isolamento social e à fuga de situações que poderiam  ser gratificantes ou vantajosas. 

Atribuo grande relevância aos novos estudos teóricos e empíricos  na área da psicologia, particularmente na psicoterapia com foco na  questão da “ansiedade”. Isso ocorre devido ao aumento na estatística  de indivíduos ansiosos que enfrentam consequências negativas.  Compreendo a importância de formular estratégias que incluam a  prevenção e tratamento para melhorar a qualidade de vida do  indivíduo. 

Referências

CASTILLO, Ana Regina Geciauskas Lage. et al. Transtornos de  ansiedade. Revista Brasileira de Psiquiatria, 22 (Supl. II), p. 20-3,  2000.Disponível em: Acesso em: 21 out. 2020. 

Friman, P. C., Wilson, K. G., & Hayes, S. C. (1998). Behavior analysis  of private events is possible, progressive, and nondualistic: A  response to Lamal. Journal of Applied Behavior Analysis, 31, 707-708.

Adriano Nicolau da Silva, Psicoterapeuta, Neuropsicopedagogo e Neuroeducador. Graduado em Psicologia e Filosofia. Especialista nas áreas de educação e clínica. Uberaba, MG. Colunista do Factótum Cultural. E-mail: adrins@terra.com.br.

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