RESUMO 

Neste artigo, pretende-se abordar os principais comportamentais de pessoas  com transtorno da “Personalidade Antissocial”. O trabalho apresenta uma breve  revisão teórica dos conceitos e características comportamentais, utilizando-se de uma  literatura direcionada aos comportamentos que surgem nos sujeitos portadores deste  transtorno.  

In this article, we intend to address the main behavioral disorders of people with  “Antisocial Personality” disorder. The paper presents a brief theoretical review of the  concepts and behavioral characteristics, using a literature focused on the behaviors  that appear in the subjects with this disorder. 

Palavras-chave: Transtorno da Personalidade Antissocial, terapia cognitiva,  características comportamentais de um antissocial. 

Keywords: Antisocial Personality Disorder, cognitive therapy, behavioral  characteristics of an antisocial. 

INTRODUÇÃO 

O tema que será abordado nos leva a pensar o quanto a mente humana é  misteriosa e instigante para estudos que se estendem há séculos e possivelmente  seguirão por anos a fio. A personalidade de um ser humano é constituída por  características peculiares e se desenvolve em traços biopsicossociais, possibilitando  a conceituação do ser. As características, que se aprimoram por toda a vida,  dependerão das estimulações que recebem dos contextos vivenciados pelo sujeito.  

Este artigo faz uma abordagem panorâmica do transtorno antissocial que  algumas pessoas desenvolvem nos diferentes setores da sociedade, e que, talvez em  função do comportamento de dissimulação, característica própria do transtorno, é  frequentemente negligenciado nas relações humanas. O artigo apresenta uma breve  visão dos comportamentos da psicopatia na sua conclusão, destacando a  necessidade e a importância, do cuidado de quem convive e necessita manter  contatos com um psicopata. Pretende conceituar o que são psicopatia e sociopatia,  apresentando características peculiares dos transtornos, dando ênfase em como foi  se instalando ao longo do tempo, as crenças profundas, os pensamentos e os  comportamentos desenvolvidos pelo sujeito. 

A percepção e os processos psicológicos de um psicopata diferem das outras  pessoas, entendem o mundo ao seu redor de forma egocêntrica e egoísta, importando  somente em satisfazer os seus desejos instintivos. A sua motivação é intensa na  direção e persistência, com vistas à realização de uma determinada meta, mesmo que  seja atropelando as pessoas a sua volta. Neste raciocínio o psicopata desenvolve a  sua personalidade com refinamento da inteligência racional, desenvolvendo  habilidades em determinada área, com o intuito de dominar e fazer desta estratégia o  uso do poder para sobressair diante dos outros. 

Na Psicologia, o estudo da personalidade começou a ser expressivamente  estruturado na década de 1930, por meio das proposições de Gordon Allport, sendo que o seu livro Personality: a psychological interpretation (Allport, 1937) oficializou  o marco inicial do estudo da personalidade na ciência psicológica.  

A personalidade como “a ordenação dinâmica daqueles sistemas psicofísicos que, no indivíduo, determinam as suas adaptações singulares ao meio ambiente”, sublinhando-se, assim, que a  personalidade é “menos um processo acabado do que um processo progressivo”. “Ela possui, sem dúvida alguma, características estáveis, mas encontra-se sujeita a modificações constantes”. (Allport, 1937, p. 347). 

Segundo observações clínicas por vários estudiosos, caracteriza-se como  psicopata, um conjunto de comportamentos apresentados por uma personalidade fria,  calculista e sem medo de ofender as outras pessoas. Observa-se também no  comportamento, falta de autocontrole emocional e comportamental, falta de empatia,  irresponsabilidade, impulsividade, dificuldade para estabelecer vínculos interpessoais  por congelamento afetivo, falta de preocupação com os compromissos, sem remorso,  procura de aventuras sensacionalistas e comportamento antissocial sem  necessariamente cometer um delito (Hare, 1973, p.41). 

Segundo estudos de Keysers, Rochele Kothe (p. 36) descrevem a empatia  como uma conveniência comportamental. 

[…] aparentemente, a empatia, para a maioria de nós, é um padrão. Se virmos uma vítima, partilhamos da sua dor. Para os criminosos psicopatas, a empatia parece ser uma atividade voluntária. Se eles quiserem, eles podem ter empatia, o que explicaria como eles podem ser tão charmosos e tão manipuladores. Uma vez que seduzem alguém, a empatia pode ir embora. Livres de restrições desse sentimento, nada pode impedi-los de usarem a violência. 

A psicopatia, assim como a sociopatia, geralmente começa a surgir na infância  e na adolescência, mas o diagnóstico é fechado por volta dos 18 anos. O  comportamento padrão é de desrespeito às normas sociais e às pessoas próximas.  Segundo o Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM IV)  classificação dos transtornos mentais feita pela Associação Americana de  Psiquiatria, a pessoa que desenvolve o transtorno da personalidade antissocial tem como características principais o engodo e a manipulação. É um transtorno que afeta  mais o sexo masculino, com possíveis influências genéticas. São indivíduos  extremamente inteligentes na racionalidade, com certo entorpecimento na inteligência  emocional, argumentativos, sedutores, charmosos e utilizam-se desta estratégia como  mecanismos de sobrevivência para manter o lado sádico da sua personalidade. 

Um psicopata é guiado por comportamentos considerados desviantes ou  impróprios e até mesmo perversos em alguns casos, podendo assim causarem  sofrimentos, enquadrados em ambos aspectos, para si e para a sociedade. Delton  Croce e Delton Croce Júnior discorrem: 

“Chamamos personalidades psicopáticas certos indivíduos que, sem perturbação da inteligência, inobstante não tenham sofrido sinais de deterioração, nem de degeneração dos elementos integrantes da psique, exibe através da sua vida intensos transtornos dos instintos, da afetividade, do temperamento e do caráter, mercê de uma anormalidade mental definitivamente pré-constituída, sem, contudo, assumir a forma de verdadeira enfermidade mental”. (DELTON Croce e DELTON Croce Júnior, 2012, p.666). 

Geralmente, a pessoa que desenvolve o transtorno antissocial, recebe uma  pressão da sociedade, comunidade, familiares, professores ou dos cônjuges para buscar tratamento, devido a comportamentos indevidos ou relacionamentos  interpessoais estressantes. Essa imposição também pode acontecer no trabalho e nas  penitenciarias, porque, em muitos casos, a liberdade condicional dependerá do  engajamento na psicoterapia. 

Essas pessoas criam problemas para a sociedade, já que o transtorno é um  padrão de desrespeito e violação aos direitos alheios. (American Psychiatric  Association, 2000,p.685). 

Jorge Trindade relata nos seus estudos que: 

“Mesmo que a psicopatia seja considerada uma patologia social (pelo sociólogo), ética (pelo filósofo), de personalidade (pelo psicólogo), educacional (pelo professor), do ponto de vista médico (psiquiátrico) ela não parece configurar uma doença no sentido clássico, sendo que atualmente há uma tendência universal de considerar os psicopatas como plenamente capazes de entender o caráter lícito ou ilícito dos atos que pratica e de dirigir suas ações (Trindade, J.; Beheregaray, A; Cuneo, M., 2009)”. 

1. METODOLOGIA 

O presente artigo foi desenvolvido com pesquisa bibliográfica, como SCIELO  (Scientific Eletronic Library Online), e outros artigos sobre o tema transtorno de  personalidade Antissocial. O presente estudo possui caráter descritivo, resumido com  informações, retiradas por meio de livros e periódicos de embasamento teórico,  técnico-científico que se baseiam em saúde mental, em específico a psicopatologia  do “Transtorno da Personalidade Antissocial”. 

2. SOCIOPATIA E A TEORIA COGNITIVA  

A sociopatia é um transtorno da personalidade descrito no manual de  Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais (DSM-5) como “transtorno de  personalidade antissocial”. Esse distúrbio é definido como “uma condição mental na  qual uma pessoa tem um padrão prolongado de manipulação, exploração ou violação  dos direitos de outras pessoas”, segundo a Biblioteca Nacional de Medicina dos  Estados Unidos

Os axiomas formais da teoria cognitiva postulados por Beck (2000) são: A  psicopatologia resulta de significados mal adaptativos construídos em relação ao self,  ao contexto ambiental (experiência), e ao futuro (objetivos), que juntos são  denominados de tríade cognitiva. Na raiva e no transtorno antissocial, o self é visto  como sendo maltratado ou abusado pelos outros, e o mundo é visto como injusto e  em oposição aos interesses da pessoa. A especificidade do conteúdo cognitivo está  relacionada desta maneira a tríade cognitiva. Há dois níveis de significado: (a) o  significado público ou objetivo de um evento, que pode ter poucas implicações  significativas para um indivíduo; e (b) o significado pessoal ou privado. O significado  pessoal, ao contrário do significado público, inclui implicações, significação, ou  generalizações extraídas da ocorrência do evento. O nível de significado pessoal  corresponde ao conceito de “domínio pessoal”.

Neste sentido, o self se vê como solitário, autônomo e forte. Alguns se veem  como maltratados pela família e sociedade, portanto, faz sentido abusar e transgredir  as normas e valores sociais. Geralmente, a visão que se tem dos outros é que eles  são exploradores e merecem serem explorados ou que são subservientes e merecer  serem vítimas. Seguindo este raciocínio, o sociopata ataca para não ser atacado e  explora para não ser explorado. A principal crença desenvolvida pela sociopata é a  seguinte. “Eu tenho que atacar para não ser atacado”. 

O comportamento observável do sociopata na sociedade se estende para a  mentira, trapaça e enganação dos outros abertamente sempre utilizando a sedução  como estratégia para manipulação para em sequência explorá-las e enganá-los. 

3. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DO TRANSTORNO ANTISSOCIAL 

Conforme o Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais  (DSM-5), as pessoas com transtorno de personalidade antissocial se caracterizam  pelos seguintes critérios: 

Pelo DSM-IV 

Critérios diagnósticos pelo DSM-V (Código: 301.7

A. Um padrão perversivo de desrespeito e violação aos direitos dos outros, que  ocorre desde a adolescência, como indicado por pelo menos três dos seguintes  critérios: 

1. Fracasso em conformar-se às normas sociais com relação a comportamentos  éticos e legais, indicado pela execução repetida de atos que constituem motivo  de reprovação social ou detenção (crimes); 

2. Impulsividade predominante ou incapacidade em seguir planos traçados para  o futuro; 

3. Irritabilidade e agressividade, indicadas por histórico constante de lutas  corporais ou agressões verbais violentas; 

4. Desrespeito irresponsável pela segurança própria ou alheia;

5. Irresponsabilidade consistente, indicada por um repetido fracasso em manter  um comportamento laboral consistente ou honrar obrigações financeiras;

6. Ausência de remorso, indicada por indiferença ou racionalização por manipular,  ferido, maltratado ou roubado outra pessoa; 

7. Tendência para enganar e à falsidade, indicada por mentir compulsivamente,  distorcer fatos ou ludibriar os outros para obter credibilidade, vantagens  pessoais ou prazer; 

B. O indivíduo tem no mínimo 18 anos. 

C. Existem evidências de Transtorno de Conduta com início antes dos 15 anos de  idade. 

D. A ocorrência do comportamento antissocial não se dá exclusivamente durante  o curso de Esquizofrenia ou Transtorno Bipolar. 

Portanto, temos que o diagnóstico do transtorno de sociopatia o indivíduo  necessita ter no mínimo 18 anos e preencher três dos seguintes critérios citados acima  num período considerado. 

4. CARACTERÍSTICAS DO COMPORTAMENTO DE UM SOCIOPATA 

O sociopata não consegue desenvolver empatia nas relações humanas, ao  contrário, o seu comportamento é vazio, emocionalmente, frio e muitas vezes cruel. A  arrogância se faz presente e a autossuficiência nos seus investimentos  comportamentais. Não considera o outro nos projetos pessoais, sociais e de trabalho  e o seu lado narcisista impera diante da comunidade em que vive. Submeter a  qualquer investimento para não frustrar o seu ego, portanto o seu investimento  pessoal no campo da razão é intenso, justamente para não se submeter em  ocupações que não merecem destaque na sociedade. O seu papel de caçador de  vítimas se estende para os vários setores da sociedade e a estratégia comportamental  é a obstinação, a vaidade e a sedução de forma generalizada para explorar os  relacionamentos e satisfazer o seu eu. 

Robert Hare (2009, online), considerado a maior referência no assunto e autor do  diagnóstico de psicopatia, cita:

“Eles andam pela sociedade como predadores sociais, rachando famílias, se aproveitando de pessoas vulneráveis, deixando carteiras vazias por onde passam”. 

Uma pessoa que não demonstra empatia pelos outros, merece muita atenção  e cuidado nas relações humanas, porque o seu interesse com a qualidade de vida do  outro não existe. A pessoa com o transtorno antissocial possui baixa tolerância à  frustração e muita impulsividade no comportamento, responsabiliza os outros e tenta  intelectualizar as suas condutas antiéticas. São egocêntricas e egoístas, não  respeitam a individualidade do outro e não desenvolvem lealdade e solidariedade.  Quanto aos seus projetos pessoais e profissionais, são desorganizadas e cheio de  conflitos interpessoais por falsidade, calúnia e distorções de ideias das pessoas. 

Segundo estudos realizados e publicados pela psiquiatra, Dra. Ana Beatriz B.  Silva (2010, p. 44): 

Os psicopatas têm total ciência dos seus atos (a parte cognitiva ou racional é perfeita), ou seja, sabem perfeitamente que estão infringindo regras sociais e por que estão agindo dessa maneira. A deficiência deles (e é aí que mora o perigo) está no campo dos afetos e das emoções. Assim, para eles, tanto faz ferir, maltratar ou até matar alguém que atravesse o seu caminho ou os seus interesses, mesmo que esse alguém faça parte do seu convívio íntimo. Esses comportamentos desprezíveis são resultados de uma escolha, diga-se de passagem, exercida de forma livre e sem qualquer culpa. 

Segundo Farrington (2005), a definição de psicopatia sintetizada e utilizada nas  pesquisas atuais é derivada das contribuições teóricas, originalmente propostas sobre  o constructo e embasada em estudos empíricos. Envolve três importantes dimensões,  além dos comportamentos antissociais em si, assim caracterizadas:  

1. Um estilo interpessoal enganador e arrogante, incluindo desinibição ou  charme superficial, egocentrismo ou um senso grandioso de autoestima; mentira,  trapaça, manipulação e enganação.  

2. Experiência afetiva deficiente, com pouca capacidade de sentir remorso,  culpa e empatia; uma consciência fraca, insensibilidade, afeto superficial e falha em  aceitar responsabilidade pelas ações (utilizando-se de negação, desculpas, etc.). 

3. Um estilo de comportamento impulsivo ou irresponsável, incluindo tédio,  busca contínua por emoção, falta de metas a longo prazo, impulsividade, falha em  pensar antes de agir e um estilo de vida parasita (tais como, dívidas, hábitos de  trabalho insatisfatórios). 

Pessoas com transtornos de personalidade antissocial são mentirosas, trapaceiam com facilidade e não têm remorso. Conseguem manipular quem estiver  próximo, para satisfazer o seu ego. São promíscuos na sexualidade e podem até  maltratar animais sem piedade. São capazes de começarem a participar de alguns  grupos sociais, como, por exemplo, religião, escola, clubes recreativos, justamente  para ficar próximo às suas vítimas. 

5. A EMOÇÃO DE UM SOCIOPATA 

Os sociopatas são absolutamente racionais, agem conforme os seus  interesses, são frios em relação aos afetos. Robert Hare (2009, online), considerado  a maior referência no assunto e autor do diagnóstico de psicopatia, cita: 

Um psicopata ama alguém da mesma forma como eu, digamos, amo o meu carro – e não da forma como eu amo a minha mulher. Usa o termo amor, mas não o sente da maneira como nós entendemos. Em geral, é um sentimento de posse, de propriedade. Se você perguntar a um psicopata por que ele ama  certa mulher, ele dera-lhe respostas muito concretas, tais como “porque ela é bonita”, “porque o sexo é ótimo” ou “porque ela está sempre lá quando preciso”. As emoções estão para o psicopata assim como está o vermelho para o daltônico. Ele  simplesmente não consegue vivenciá-las. 

Ana Beatriz Barbosa Silva (2008, p. 12) cita o seu posicionamento a respeito  dos psicopatas, expressando a respeito dos seus sentimentos:  

”Os psicopatas em geral são indivíduos frios, calculistas, inescrupulosos, dissimulados, mentirosos, sedutores e que  visam apenas o próprio benefício”. 

6. SOCIOPATIA E PSICOPATIA

Segundo o pesquisador Robert Hare, a diferença entre a sociopatia e psicopatia  está ligada diretamente no início que o transtorno se apresenta. Para ele, a sociopatia  começa no meio ambiente, isto é, na sociedade, aonde o indivíduo começa a cometer  alguns delitos. A psicopatia é diferente, possui ligação de fatores como biológicos,  genéticos e socioambiental. O indivíduo possui um traço inerente na personalidade  com a junção desses fatores formando a sua essência de personalidade,  independente das influências do meio em que vive. Portanto, a sociopatia pende mais  para as questões ambientais e a psicopatia para as questões genéticas próprio do  indivíduo. 

Robert Hare (2009), Robert D. Hare O.C. (Calgary, 1934-) é um psicólogo do  Canadá, especialista em psicologia criminal e psicopatia. 

“É enorme o sofrimento social, econômico e pessoal causado por algumas pessoas cujas atitudes e  comportamento resultam menos das forças sociais do que de um senso inerente de autoridade e uma incapacidade para conexão emocional do que o resto da humanidade.  Para estes indivíduos – os psicopatas – as regras sociais não são uma força limitante, e a ideia de um bem comum é meramente uma abstração confusa e inconveniente”. 

7. PSICOTERAPIA 

Segundo estudos desenvolvidos pela Associação Americana de Psiquiatria, a psicoterapia mais indicada é a Terapia Cognitivo-Comportamental, para tratar  pessoas com transtorno de personalidade antissocial. Constatou-se que pacientes  submetidos a esta psicoterapia tiveram uma melhora nos seus impulsos primitivos e  passaram a pensar mais nas consequências dos seus atos. Os pesquisadores alegam  que a personalidade não mudou, porem a reincidência caiu de 40 a 52% para 20 e  33% com pacientes com personalidade violenta em liberdade condicional. 

8. CONCLUSÃO 

Fica evidente que o tema abordado é muito complexo, requer um olhar cuidadoso dos psiquiatras e psicólogos clínicos para compreender e auxiliar indivíduos que desenvolveram o transtorno antissocial com o intuito de minimizar as  consequências, auxiliando a sociedade a ficar alerta quanto a gravidade do mesmo.  Nota-se, pelos estudos desenvolvidos, que por trás de toda a atitude, existe uma  intenção para satisfazer uma mente egoísta e egocêntrica. Muito ainda se tem a compreender sobre psicopatia, sociopatia e os transtornos antissociais. Para isso, faz se necessário desenvolver diagnósticos, prognósticos, tratamentos e continuar com  trabalhos de pesquisa, estimulando novos pesquisadores. Com este estudo, ficou  evidente que os investimentos necessitam serem intensificados, não somente na  teoria, mas na prática clínica, para proporcionar reestruturação psicológica, melhorando os indivíduos com este transtorno e alertando a sociedade para casos  graves com possibilidade de comportamentos psicopatológicos e delituosos. Nota se que, para alguns casos, o indivíduo com transtorno antissocial necessita colocar  em práticas os seus mais sórdidos desejos irracionais para a satisfação de um  sadismo perverso. Os psicólogos merecem ficar atentos quanto ao diagnóstico, prognóstico e tratamento, sempre instrumentalizando a sua ação com a humildade  de buscar mais estudos, para compreender melhor esse tipo de personalidade, que  representa um grande desafio para todos nós que pensamos no bem maior de todos.  

9. REFERÊNCIAS 

American Psychiatric Association (APA). Psychiatric Diagnosis and the Diagnostic  Statistical Manual of Mental Disorders (Fourth Edition – DSM-IV). Fact Sheet.  1997;1-4. 

Allport, G. W. (1937). Personality: a psychological interpretation. New York: Holt. Azeredo, S. D. Pressupostos da Terapia Cognitiva no Processo de  Entendimento da Personalidade. 2002 disponivel em:  http://www.saude.unisinos.br 

CROCE, D. J, Delton C. Manual de Medicina Legal.8. ed. São Paulo: desarava,  2012. 

CAVALCANTI, Ana Elizabeth. Pequena história da psiquiatria. Grandes temas do  conhecimento – Psicanálise, São Paulo: Mythos Editora. Edição nº 61. Farrington, D. P. (2005). The importance of child and adolescent psychopathy.  Journal of Abnormal Child Psychology, 33(4), 489-497. 

HARE, Robert. Psicopatia, Teoria e Pesquisa. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e  Científicos S/A, 1973.

KAPLAN, H. B.; SADOCK, B. J.; GREBB, J. A. Compêndio de psiquiatria: Ciências  do comportamento e psiquiatria clínica. Porto Alegre: Artes Médicas, 2003. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE (OMS) (Ed.). Classificação de transtornos  mentais e de comportamento da CID -10: Descrições clínicas e diretrizes  diagnósticas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993. 

SILVA, Ana Beatriz Barbosa. Mentes perigosas: o psicopata mora ao lado. Ed. de  bolso. Rio de Janeiro: Objetiva, 2010. 

TRINDADE, Jorge. Psicopatia – A máscara da justiça/Jorge Trindade, Andréa Beheregaray, Mônica Rodrigues Cuneo. – Porto Alegre: Livraria do Advogado  Editora, 2009.

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